“Je t’ai perdu, je me suis perdu”
Eu preciso repensar os meus enganos,
Não me perder nos falsos acertos.
Términos são escolhas malditas,
Carregam no peito dores infinitas.
Se não deu certo, é porque não findou —
O princípio pulsa, mesmo quando acabou.
O que move duas almas ao encontro?
O que vibra em seus toques, em confronto?
Nada é ao acaso, nem o esquecer,
Tudo carrega o desejo de não doer.
De apagar o impossível,
De viver o sentimento indizível.
Para se encontrar é preciso se perder
Se reconhecer
Me entender , te entender
Estou disposto
A reconhecer o legítimo amor
No seu rosto
Estou como um despetalar de um flor
Você me quer
ou mal me quer ??
Quando lembro, é belo, é abrigo —
Você já sentiu a força do nosso abrigo?
Eu canto,
Eu danço,
Me lanço...
Aos seus pés.
Vinte e três horas de um outono qualquer,
Pensando no que passou — e eu, como é que fico?
Patético.
Bizarro.
Bisonho.
Ridículo...
Mas só um amor imenso
Nos dá coragem de viver tão intenso.
Rasgo as cartas que sonhei escrever,
Entre castigo e capricho — um querer que não quis morrer.
Esses dias frios, sem pudor,
Nem o fogo aquece essa dor.
Uma dor lenta,
Constante,
Amargurante.
Eu feri me ferindo,
Ainda bem que errar é tão... humano.
Hoje o sol nasceu diferente,
Como se nem ele aquecesse a minha mente.
Pesadelos do seu adeus
Pela noite que não anoiteceu
Pelo dia que não amanheceu
O sol se pôs-se sem tom de despedida —
E é tão dura uma partida.
Fiz asneira,
Pequei por besteira,
E me perdi quando te perdi.
Amor também é paciência.
Você me silenciou com um “eu te amo”,
Com a escolha que dizia: era comigo, era plano.
Mas agora ando desnorteado,
Preso a uma sina —
Maldita sina!
Nasci num dia em que a alma pedia conserto.
Você nunca foi minha única pulsão
Nem o foco da minha concentração
Nunca breve
Mas sempre o seu contato me deixou leve
São 13 anos escrevendo versos no escuro,
Sem saber como dizer o que sinto no muro.
Entre idas e vindas,
E tantas voltas depois...
Te pergunto agora, querida:
O que te sobrou?
Um desmantelo.
A tristeza de um camelo.
Esse amor congelado,
Num freezer branco, abandonado.
E sim, vou concordar:
Não há revolucionário sem amar.
Passei uma vida pra entender:
Amar ou não amar — eis o dilema a viver.
Reneguei duas vezes, para não sofrer,
Sem saber...
Que ao meio-dia,
Eu nunca mais ouviria
A voz da minha
Passarinha......
Comentários
Postar um comentário